sábado, 24 de novembro de 2007

hemodialise

diálise
Técnica para remoção de produtos de excreção do sangue em caso de falha renal crónica ou aguda. Há dois métodos principais: hemodiálise e diálise peritoneal. Na hemodiálise, o sangue do paciente é filtrado por uma bomba, onde é separado do fluido diálico estéril por uma membrana semipermeável. Isto permite que as substâncias tóxicas que se tenham acumulado na corrente sanguínea e que sejam normalmente filtradas pelos rins se difundam do sangue para o fluido diálico. A hemodiálise é muito cara e exige geralmente que o paciente vá a uma unidade especializada. A diálise peritonial utiliza uma das membranas corporais naturais semipermeáveis para o mesmo fim. Cerca de dois litros de fluido diálico são lentamente instilados na cavidade peritoneal do abdómen, e retirados novamente durante cerca de duas horas. Durante esse tempo as toxinas do sangue difundem-se na cavidade peritoneal através da membrana peritoneal. A vantagem da diálise peritoneal é que o paciente pode permanecer activo enquanto se efectua a diálise. Este método é conhecido como diálise peritoneal contínua ambulatória A longo prazo, a diálise é cara e debilitante, e os transplantes são agora o tratamento escolhido para pacientes com falha renal crónica.


diálise
Técnica para remoção de produtos de excreção do sangue em caso de falha renal crónica ou aguda. Há dois métodos principais: hemodiálise e diálise peritoneal. Na hemodiálise, o sangue do paciente é filtrado por uma bomba, onde é separado do fluido diálico estéril por uma membrana semipermeável. Isto permite que as substâncias tóxicas que se tenham acumulado na corrente sanguínea e que sejam normalmente filtradas pelos rins se difundam do sangue para o fluido diálico. A hemodiálise é muito cara e exige geralmente que o paciente vá a uma unidade especializada. A diálise peritonial utiliza uma das membranas corporais naturais semipermeáveis para o mesmo fim. Cerca de dois litros de fluido diálico são lentamente instilados na cavidade peritoneal do abdómen, e retirados novamente durante cerca de duas horas. Durante esse tempo as toxinas do sangue difundem-se na cavidade peritoneal através da membrana peritoneal. A vantagem da diálise peritoneal é que o paciente pode permanecer activo enquanto se efectua a diálise. Este método é conhecido como diálise peritoneal contínua ambulatória A longo prazo, a diálise é cara e debilitante, e os transplantes são agora o tratamento escolhido para pacientes com falha renal crónica.

rim
Par de órgãos responsáveis, nos vertebrados, pela regulação dos líquidos, pela excreção de resíduos tóxicos e pela manutenção da composição iónica sanguínea. Os rins estão localizados na parede posterior do abdómen. Cada um é constituído por vários túbulos longos; as partes externas filtram os componentes aquosos do sangue e as partes internas reabsorvem selectivamente os sais vitais, deixando os resíduos no líquido restante (urina) que passa para a bexiga através da uretra. A acção dos rins é vital; se um deles é retirado, o outro aumenta de volume para compensar a função do primeiro. Um doente com dois rins não funcionantes pode continuar a ter uma vida quase normal com a ajuda da hemodiálise (rim artificial) ou da diálise peritoneal ambulatória contínua, diálise (DPAC); sendo ainda possível recorrer ao transplante renal.


hemodiálise

processo terapêutico de purificação do sangue, que consiste na extracção dos resíduos tóxicos (ureia) nele contidos por meio de filtração através de uma membrana porosa, semipermeável;

sábado, 10 de novembro de 2007

Leveduras

As leveduras são fungos pertencentes à classe dos Ascomicetes e à ordem das Sacoromicetales. São fungos unicelulares com uma forma esférica, elíptica ou oval e normalmente (com excepção das leveduras dimórficas) não formam hifas.
Em geral, as leveduras reproduzem-se assexulamente por gemulação, um processo em que uma nova célula, designada célula filha, é formada pela célula parental a partir de uma protuberância designada gema.
Quando as leveduras se reproduzam sexuadamente, produzem vários tipos de esporos sexuais (ascósporos). O tipo de esporos produzido é muitas vezes utilizado na classificação das leveduras. As actividades metabólicas também são utilizadas para identificar e classificar leveduras.
A membrana celular das leveduras é composta principalmente por polissacarídeos da glucose e da manose, algumas proteínas e muito pouca quitina. A sua substância de reserva é o glicogénio, contendo também muitas vitaminas geralmente do grupo B.
No laboratório o meio "Sabouraud Dextrose Agar" é normalmente usado para isolar leveduras. É um meio selectivo contendo glucose e peptona e tem pH baixo, o que inibe o crescimento de muitos outros microrganismos.
A Saccharomyces ellipsoideus é a levedura do vinho e a Saccharomyces cerevisiae a da cerveja, que possui numerosas variedades obtidas a partir de culturas artificiais. Além de se utilizar na produção da cerveja, é também o agente fermentativo utilizado no fabrico do pão.
Devido à sua composição e acção química, as leveduras são muito utilizadas em medicina contra as avitaminoses (raquitismo e escorbuto), furunculoses, dermatoses e perturbações intestinais.



Artigos relacionados


Warburg, Otto (1883-1970)

Bioquímico alemão que em 1923 inventou um manómetro (válvula de pressão) suficientemente sensível para medir o consumo de oxigénio de um tecido em respiração. Mostrou que enzimas chamadas citocromas permitem às células processar o oxigénio, medindo a taxa a que estas absorvem oxigénio em diferentes condições. Foi prémio Nobel da fisiologia e medicina em 1931.
Mais tarde descobriu o mecanismo de conversão da energia luminosa em energia química que ocorre durante a fotossíntese. Demontrou também que as células cancerosas absorvem menos oxigénio do que as células normais.
Warburg nasceu em Freiburg-im-Breisgau e estudou em Berlim e Heidelberg. Em 1913 foi para o Instituto Kaiser Wilhelm (mais tarde Max Planck) de Fisiologia Celular, em Berlim, tornando-se aí professor em 1918, e director em 1931. Em 1941, Warburg, que era judeu, foi destituído do cargo, mas tal era o seu prestígio internacional que foi rapidamente reinstalado. Em 1944 foi nomeado para um segundo prémio Nobel, mas o regime nazi impediu-o de aceitar o prémio.
Warburg descobriu que tanto nos sistemas de carvão como nas células vivas, o consumo de oxigénio é inibido pela presença de cianeto ou sulfureto de hidrogénio, que se combinam com metais pesados. Mostrou igualmente que, no escuro, o monóxido de carbono inibe a respiração nas leveduras, mas que o mesmo não acontece quando existe luz. Estava ciente de que os metais pesados formam complexos com o monóxido de carbono e que o complexo de ferro é dissociado pela luz, o que fornecia mais provas da existência de uma enzima respiratória que continha ferro. Investigou então a eficiência da luz para ultrapassar a inibição da respiração pelo monóxido de carbono e determinou o espectro fotoquímico de absorção da enzima respiratória, que provou ser uma hemoproteína (proteína com um grupo contendo ferro) semelhante à hemoglobina; chamou-lhe oxigenase férrica.


Gemulação

Tipo de reprodução assexuada na qual se forma uma gema na célula-mãe, que se desenvolve para formar um novo ser. A maioria das leveduras reproduz desta forma.
Num meio adequado, as leveduras crescem rapidamente formando cadeias longas de células, já que as gémulas produzem outras gémulas antes de se separarem da célula-mãe. Os invertebrados mais simples, como a hidra, também se podem reproduzir por gemulação.
Outros exemplos de reprodução por gemulação são o ulmeiro, o dente-de-leão e certas espécies incluídas na família Rosaceae.


Biotecnologia

Utilização industrial de organismos vivos para manufacturar alimentos, fármacos ou outros produtos. Já há muito tempo que as indústrias cervejeira e panificadora dependem das leveduras para a fermentação dos seus produtos, enquanto a indústria de lacticínios emprega uma gama de bactérias e fungos para converter leite em queijo e em iogurte. As enzimas, sejam extraídas de células ou produzidas artificialmente, são fulcrais na maioria das aplicações biotecnológicas.
Entre os avanços mais recentes conta-se a engenharia genética, em que organismos de uma só célula (cujo ADN foi modificado) são utilizados para produzir insulina e outros fármacos. Em 1993 dois terços das empresas de biotecnologia concentravam esforços no domínio da saúde humana, enquanto apenas uma em cada dez se tentava obter desenvolvimentos no campo da alimenção ou da agricultura.


Fermento

Substância orgânica, de origem fisiológica, que, actuando como um catalisador, provoca importantes reacções (fermentações).



Fermentação

A fermentação é um processo de decomposição, podendo ocorrer na presença de oxigénio (ver fermentação aeróbica) ou sem oxigénio (ver fermentação anaeróbica). No processo de alteração que ocorre no vinho por exposição prolongada deste ao ar, o etanol é oxidado pelo oxigénio do ar a ácido etanóico. O gosto amargo é produzido pela presença do ácido etanóico (ou ácido acético).
CH3CH2OH(aq) + O2(g) ® CH3COOH(aq) + H2O(1)
A degradação de açúcares pelas bactérias e leveduras ocorre através de um processo de respiração sem oxigénio. Os processos de fermentação são de há muito utilizados na confecção do pão, manufactura de cerveja e vinho, produção de queijo, iogurte, molho de soja e muitos outros alimentos. Na confecção de alimentos e bebidas levedadas, as leveduras fermentam os açúcares produzindo etanol e dióxido de carbono; este último faz o pão crescer e confere as bolhas à cerveja e ao champanhe. Muitos antibióticos são produzidos por fermentação; este é um dos processos que pode levar ao azedar da comida.



Levurómetro

Instrumento para reconhecer o poder de um fermento ou levedura.



Máltase

fermento solúvel que desdobra a maltose em duas moléculas de glicose, e que se encontra principalmente nas leveduras e no suco intestinal.

pH

O símbolo pH significa «potencial de hidrogénio», e a escala de pH, introduzida por S.P. Sorensen em 1909, permite medir a concentração em iões de hidrogénio expressa em moles por decímetro cúbico (Sigla de potência de hidrogénio logaritmo decimal do inverso da concentração hidrogeniónica de uma solução). Um pH de 7,0 indica neutralidade; valores abaixo de 7 são ácidos; e superiores a 7 são alcalinos.
Ácidos fortes, como os utilizados nas baterias dos automóveis, têm um pH de aproximadamente de 2. Bases fortes como o hidróxido de sódio têm pH 13. As frutas acídicas, como os citrinos, têm um pH de aproximadamente 4. Os solos férteis têm um pH aproximadamente entre 6,5 e 7,0, ao passo que bases fracas, como o sabão, têm valores entre 9 e 10.

O pH pode ser determinado por adição de:
-> um indicador de pH na solução em análise ou em tiras de papel, sendo a cor produzida pelo indicador comparada com o código de cores para os diferentes valores de pH. São vários os indicadores que existem. Entre eles o indicador universal que consiste numa mistura de indicadores de pH, utilizada para medir a acidez ou a basicidade de soluções. Cada componente muda de cor para diferentes valores de pH, sendo o indicador capaz de mostrar um leque de cores de acordo com o pH da solução em estudo, desde vermelho (para pH=1) a púrpura (para pH=13).
->ou usando um medidor de pH acoplado a um elétrodo de pH. O medidor de pH é um milivoltímetro com uma escala que converte o valor de tensão do elétrodo (condutor por onde a corrente eléctrica entra ou sai quando se trata de electrólitos, arcos eléctricos ou tubos de vácuo) de pH em unidades de pH. Este tipo de elétrodo é chamado "íon seletivo" .
Artigos relacionados

Johannes Nicolaus Brönsted (1879-1947)
Químico holandês, cujos trabalhos sobre soluções, em particular sobre electrólitos, resultaram em novas definições dos conceitos de ácido e de base. Brönsted nasceu em Varde, na Jutlândia, e estudou em Copenhaga, onde, em 1908, se tornou professor de físico-química e de química inorgânica. Anos mais tarde, enveredou pela carreira política, sendo eleito para o parlamento holandês em 1947. Em 1914, Brönsted lançou as bases da teoria da espectroscopia de infravermelhos para moléculas poliatómicas, ao introduzir o campo de forças de valência. Aplicou igualmente a recente teoria quântica de capacidades caloríficas dos gases, e publicou artigos sobre os factores que determinam o pH e a fertilidade do solo. Em 1923, Brönsted publicou uma nova teoria sobre a acidez, que apresentava algumas vantagens importantes sobre a teoria proposta pelo químico sueco Svante Arrhenius, em 1887. Brönsted definiu um ácido como sendo um dador de protões, e uma base como um aceitador de protões. Esta definição aplica-se a todos os solventes e não apenas à água, e pode explicar o comportamento diferente dos ácidos puros e das suas soluções aquosas. Nos esquemas de Brönsted, cada ácido tem a sua base conjugada, e vice-versa.
Walther Hermann Nernst (1864-1941)
“O conhecimento é a morte da investigação.”
Químico-físico alemão que recebeu o Prémio Nobel de 1920 pelos seus trabalhos com as trocas de calor em reacções químicas. Em 1906, propôs o princípio conhecido como o teorema de calor de Nernst ou como a terceira lei da termodinâmica: as mudanças químicas à temperatura de zero absoluto não envolvem modificações de entropia (desordem). Nernst nasceu em Briesen, na Prússia (actualmente Wabrezno, na Polónia), e estudou em Graz e Würzburg. Leccionou química em Göttingen, em 1894, mudando-se para Berlim em 1905. Durante a I Guerra Mundial, foi o primeiro cientista a sugerir a utilização de agentes químicos como arma. Em química de soluções, cada medida de pH está dependente da teoria de Nernst, apresentada na década de 1880, tal como estão também dependentes dela a prética e a teoria dos indicadores e das soluções tampão. Em 1911, com o físico britânico Frederick Lindemann (mais tarde Lord Cherwell), Nernst construiu um calorímetro especial para medição de calores específicos a baixas temperaturas. Com o químico alemão Fritz Haber, estudou o equilíbrio de reacções gasosas comercialmente importantes, como a reacção reversível entre o hidrogénio e o dióxido de carbono para a formação de água e monóxido de carbono. Em 1918, Nernst investigou as reacções que são iniciadas pela luz. Tendo inventado um substituto para o filamento de carbono de uma lâmpada eléctrica em 1897, Nernst utilizou o dinheiro da sua patente para comprar um automóvel. A maior parte dos primeiros automóveis tinha dificuldades em subir colinas. No entanto, Nernst inventou um método de injectar óxido nitroso (monóxido de diazoto) nos cilindros quando o motor se encontrava em dificuldades. Na década de 1920, inventou um piano «Neo-Bechstein» que ampliava os sons produzidos a baixas amplitudes. O seu manual Química Teórica (1895) tornou-se uma obra de referência.

SørenSørensen (1868-1939)
Químico dinamarquês que em 1909 introduziu o conceito de utilização da escala de pH como medida da acidez de uma solução. Na escala de Sørensen, que ainda é actualmente utilizada, o pH 7 é neutro, sendo os valores superiores básicos e os inferiores ácidos. Ácido e base Ácido e base são duas classes de substâncias químicas com propriedades bem definidas e opostas. Um ácido tem um sabor característico e frequentemente reage quando em contacto com metais, ocasionando a libertação de hidrogénio. Uma base tem um sabor amargo e é gordurosa ao toque. Ao longo do tempo houve várias tentativas de explicar o comportamento destas substâncias. Arrhenius, cerca de 1884, definiu um ácido como uma substância que, quando dissolvida em água, dá origem a protões ou iões hidrogénio (H+), e uma base como uma substância que, nas mesmas circunstâncias, dá origem a iões hidróxido (OH-). Nestas condições a reacção de neutralização será: Esta teoria foi bastante útil, mas foram-lhe apontadas algumas limitações. Uma nova teoria foi apresentada em 1923 por Bronsted e por Lowry, que trabalharam independentemente. Segundo estes autores, um ácido é um composto doador de protões e uma base é um aceptor de protões. Esta teoria, actualmente a mais utilizada, permite explicar um conjunto de factos que a teoria de Arrhenius não considerava: algumas substâncias que não têm o grupo OH comportam-se como bases, isto é, forma-se OH- aquando da sua dissolução em água; algumas substâncias, ditas anfotéricas, têm um comportamento que pode ser ácido ou básico, dependendo das circunstâncias. Lewis proporia ainda, também em 1923, uma teoria alternativa: um ácido é descrito como uma espécie (átomo, ião ou molécula) que aceita um par de electrões, enquanto uma base será uma espécie doadora de um par de electrões. Assim, uma reacção entre um ácido de Lewis e uma base de Lewis resulta no estabelecimento de uma ligação covalente entre eles. Um dos aspectos mais importantes desta teoria é que permite explicar a formação de iões complexos em que um ião central estabelece ligações covalentes com um conjunto de iões em seu torno. A força de um ácido ou de uma base pode ser avaliada medindo a concentração de H3O+ na solução resultante da sua dissolução em água. Como a concentração de H3O+ tem sempre um valor muito pequeno, definiu-se uma escala de medição baseada no seu logaritmo, a escala de pH: A concentração de H3O+ em água pura é igual à concentração de OH-, 1,0x10-7 M. A esta solução, dita neutra porque tem um carácter que não é nem ácido nem básico, corresponde portanto um pH de 7. A adição de um ácido a esta solução aumentará a concentração de H3O+, pelo que o pH diminuirá, enquanto a adição de uma base terá o efeito oposto, o pH aumentará. É comum referir como extremos da escala de pH os valores de 1 (limite inferior, muito ácido) e de 14 (limite superior, muito básico).
Neutralização
Em química é um processo que ocorre quando o excesso de ácido (ou excesso de base) de uma substância é levado a reagir com uma base (ou com ácido) adicionada, de modo a que a substância resultante não seja ácida nem básica. Teoricamente, a neutralização envolve a adição de ácido ou de base necessários para se obter um pH7. Quando se utiliza a cor de um indicador para testar a neutralização, o pH final pode ser diferente de sete, dependendo do indicador utilizado.
Desnaturação proteica
As proteínas estruturais, também denominadas proteínas fibrosas, são excepcionalmente estáveis, enquanto as proteínas funcionais (possuem em geral estrutura terciária ou quaternária) alteram facilmente a sua estrutura, isto é, a desnaturação da proteína é relativamente frequente. A actividade das proteínas funcionais depende da sua específica estrutura tridimensional e as ligações intramoleculares, particularmente das ligações de hidrogéneo, são criticamente importantes para manter aquela estrutura. Contudo, as ligações de hidrogéneo são quebradas mas se o pH normal é restaurado (cerca de 7,4) as ligações são restauradas. O calor excessivo também quebra as ligações de hidrogénio, mas neste caso a ruptura é irreversível, e a proteína diz-se ter sido desnaturada. A coagulação da clara do ovo (principalmente constituída por uma proteína, a albumina) que ocorre quando se coze ou frita um ovo, é um exemplo óbvio de desnaturação de proteínas. Não há processo de restaurar a clara do ovo, fazendo-a voltar à sua forma translúcida. Quando as proteínas funcionais do corpo são desnaturadas, ficam incapazes de desempenhar as suas funções fisiológicas, porque a sua função depende da presença de um arranjo específico dos átomos, chamados centros activos, na sua superfície. Os centros activos são regiões de encaixe e interacção química com outras moléculas de forma ou carga complementar. Como os átomos constituintes dos centros activos podem estar separados na primeira cadeia, a ruptura das ligações intramoleculares separa-os e destrói os centros activos. A hemoglobina torna-se totalmente incapaz para transportar o oxigénio quando o pH se torna ácido, porque a sua estrutura, necessária para essa função, é destruída. Muitas proteínas são enzimas e a sua desnaturação leva a grandes distúrbios nos seres vivos.
Tampão
É uma mistura de compostos químicos capaz de manter um determinado valor de pH. Os tampões mais comuns consistem em misturas de um ácido orgânico fraco e de um dos seus sais ou de uma mistura de sais do ácido fosfórico. A adição de um ácido ou de uma base provoca o deslocamento do equilíbrio químico, mantendo-se assim um valor de pH constante.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Sintropia

Coordenação de energias com o objectivo de diminuir a entro­pia, ou seja, o desgaste de energia e aumentar a sua utilização.



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Entropia

Em termodinâmica, designa um parâmetro que representa o estado de desordem num sistema ao nível atómico, iónico ou molecular; quanto maior for a desordem, maior é a entropia, que vai assim aumentando à medida que este evolui para um estado de equilíbrio.
As moléculas do vapor de água, por exemplo, rápidas e desordenadas, têm uma entropia mais elevada que as da água no estado líquido, mais ordenadas, que, por seu turno, têm uma entropia mais elevada que as moléculas de água no estado sólido cristalino (gelo).
Num sistema fechado que é submetido a uma variação, a entropia é a medida da quantidade de energia imprópria para trabalho útil. A zero absoluto (-273 ºC, quando o movimento molecular cessa, e se crê que a ordem foi atingida), o grau de entropia é igual a zero.

Soro fisiológico

Consiste numa solução isotónica em relação aos líquidos corporais que contem 0,9%, em massa, de NaCl em água destilada, ou seja, cada 100mL da solução aquosa contém 0,9 gramas do sal.
Deve ser usado frio e devidamente esterilizado, portanto, deve ser guardado em geladeira. Deve ser considerado como um medicamento, portanto, só deve ser usado sob prescrição médica.
Alguns soros fisiológicos contêm aditivos e por esse motivo não podem ser utilizados em oftalmologia.
Usos
-> Higienização nasal : para pacientes com resfriados, gripes ou com sintomas alérgicos.
-> Desidratação: para reposição de íons de sódio e cloro
.
-> Limpeza de ferimentos.
-> Limpeza de lentes de contato
.
-> Em preparados para microscopia.




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Soro glicosado

Soro glicosado é uma solução isotônica em relação ao sangue, que contém 5%, em massa, de glicose ( C6 H12 O6 ) em água destilada, ou seja, cada 100 mL de soro glicosado contém 5 gramas de glicose.
A glicose é uma fonte de energia que é facilmente absorvido pelas células, daí ser extensivamente usado em medicina como nutriente energético, via endovenosa.
Existem soros glicosados com concentrações de 2,5% e 10% que são, respectivamente, hipotônico e hipertônico em relação ao sangue.
O soro glicosado deve ser considerado um medicamento, portanto, só deve ser usado sob prescrição médica.




Soro caseiro

O chamado soro caseiro é uma tecnologia social que consiste na preparação e administração de uma solução aquosa de açúcar e sal de cozinha recomendado para prevenir a desidratação, resultante de vômitos e diarréias. Com a diarréia e/ou vômito ocorre perda de água e sais minerais pelo organismo. A função do soro caseiro, por via oral, é a de reposição desses elementos perdidos.
Um erro na concentração de sal e açúcar pode provocar convulsão numa criança desidratada. Para evitar erros na concentração, a UNICEF divulga a utilização de uma colher-padrão que já apresenta as medidas para a preparação do soro.
O soro caseiro é preparado dissolvendo-se uma medida rasa de sal (medida menor da colher-padrão) e três medidas rasas de açúcar (medida maior da colher-padrão) em um copo de água limpa (ou 1 litro de água c/ 3.5g de sal e 40g de açúcar).
O soro deve ser ministrado apenas para prevenir a desidratação ou quando ocorrerem os sintomas iniciais. Em casos mais graves o paciente deve ser encaminhado imediatamente a um médico.




Grupo Labesfal retira soro fisiológico do mercado

O grupo Labesfal já retirou do mercado os lotes de soro fisiológico e outras soluções injectáveis onde foi detectada a presença de gás sulfídrico, garantiu o porta-voz da empresa, Acácio Gomes, à Agência Lusa.
O Instituto da Farmácia e do Medicamento (Infarmed) ordenou, ontem, a retirada de quase 200 lotes de soro fisiológico por ter sido detectada a presença de gás sulfídrico nas embalagens comercializadas pelo grupo Labesfal.
"O que aconteceu foi que entre o líquido (soro) e a cápsula existe ar, que em contacto com a borracha da cápsula deu origem ao cheiro que incomoda mas não afecta a saúde das pessoas", explicou Acácio Gomes.
De acordo com o responsável, o cheiro é incomodativo mas não põe em risco a saúde das pessoas uma vez que o ar não se mistura com o soro.
Acácio Gomes adiantou ainda que a empresa já substituiu as cápsulas dos novos lotes de soro que estão a ser distribuídas no mercado e "está a analisar as cápsulas retiradas do mercado para apurar o que se passou".

Termopar

Dispositivo eléctrico de medida da temperatura, que consiste num circuito com dois fios de diferentes metais soldados numa extremidade. Quando as duas junções são mantidas a temperaturas diferentes, passa uma corrente pelo circuito (efeito Seebeck). A força electromotriz produzida — medida por um milivoltímetro — é proporcional à diferença de temperatura.
Em resumo, constitui um circuito eléctrico, destinado a medir temperaturas, constituído por dois fios de metais diferentes unidos nas duas extremidades, no qual se gera uma força electromotriz quando as duas junções estão a temperaturas diferentes.



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Efeito de Seebeck

Na física, é a geração de tensão num circuito contendo dois metais, ou semicondutores, diferentes, ao manter as ligações entre eles a diferentes temperaturas. Descoberto pelo físico alemão Thomas Seebeck (1770-1831), este efeito é também chamado efeito termoelécrico, e é a base de funcionamento do termopar. É o oposto do efeito de Peltier (no qual o fluxo de corrente origina uma diferença de temperatura entre as ligações dos dois metais diferentes).


Termómetro

Instrumento para medir a temperatura. Há vários tipos de termómetros destinados a medir diferentes gamas de temperatura e com vários graus de precisão. Cada um recorre a um diferente efeito físico da temperatura. A expansão de um líquido é utilizada nos vulgares termómetros de líquido em vidro, como os que contêm mercúrio ou álcool. O mais preciso, o termómetro de gás, usa o efeito da temperatura sobre a pressão de um gás mantido a volume constante. O termómetro de resistência tira partido da variação da resistência de um condutor (como um fio de platina) com a variação da temperatura. Outro termómetro eléctrico é o termopar. Mecanicamente, a mudança de temperatura pode ser indicada pela variação da curvatura de uma tira bimetálica (como é vulgarmente usada num termóstato).
Personalidades relacionadas
Henri Louis Le Châtelier (1850-1936)
Químico francês que formulou o princípio que recebeu o seu nome, e que enumera que qualquer alteração num sistema em equilíbrio químico origina, por parte deste, um ajustamento de modo a anular essa alteração. Le Châtelier nasceu em Paris, tendo estudado ciência e engenharia na École Polytechnique. De 1877 a 1898, leccionou química na École des Mines, tendo-se mudado posteriormente para o Collège de France e, em 1908, para a Sorbonne. Em 1887, desenvolveu um termopar de platina-ródio, para a medição de altas temperaturas, utilizando o efeito de Seebeck. Le Châtelier desenvolveu igualmente um pirómetro óptico que efectuava medições de temperatura, por comparação da luz emitida por um objecto a altas temperaturas com uma fonte de luz a um dado comprimento de onda. O princípio de Le Châtelier, formulado em 1884-88, é muito relevante na previsão dos efeitos de alterações de pressão e temperatura nas reacções químicas. Está igualmente de acordo com a nova termodinâmica desenvolvida, nos EUA, por Josiah Gibbs. Le Châtelier foi largamente responsável pela divulgação das pesquisas de Gibbs na Europa. Em 1895, Le Châtelier lançou a ideia do maçarico de oxiacetileno para o corte e a soldadura do aço.